segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma abordagem revolucionária no uso do QR Code

Embora amplamente utilizado em embalagens de produtos nas prateleiras dos supermercados, em páginas de revistas semanais, outdoors, videos de lançamentos imobiliários, guias turísticos, etc., o QR Code ainda é um desconhecido para grande parte das pessoas.

O QR Code é um código de barras em preto e branco e em duas dimensões. Foi desenvolvido para ser veiculado em mídia impressa, com o objetivo de levar o leitor a um endereço web. Dessa forma, o interessado pode obter maiores informações sobre aquilo que lhe chamou a atenção.

O QR Code é lido pela câmera de telefones celulares. Qualquer smartphone genérico hoje em dia já vem com um aplicativo que lê esse tipo de código de barras (o famoso bar code scanner app).

Um QR Code na embalagem de um produto, por exemplo, pode levar o consumidor a um site que descreve as características do mesmo, mostra um histórico da empresa, a forma como ele foi produzido, onde obtém sua matéria-prima, enfim, um local onde o consumidor pode aprofundar seu conhecimento sobre o que está comprando.

Em alguns casos, pode-se comprar o produto pelo QR Code, por exemplo, pedir uma pizza através de um panfleto da pizzaria entregue no escaninho do correio já é possível em alguns países.

Alguns monumentos históricos têm QR Codes impressos em placas informativas, através dos quais as pessoas obtém dados extras sobre aquele ponto turístico.

As opções de uso são vastas. Mas todas têm em comum levar alguém do mundo real, físico, para o mundo virtual, isto é, fazer uma pessoa acessar um website que tenha relação com aquilo que está se vendo.

Em uma pesquisa rápida no Google, é fácil encontrar listas de usos criativos para o QR Code. Mas via de regra, é conselho comum não utilizar o QR Code em meio eletrônico, pois isto estaria indo de encontro ao seu objetivo primordial. 

Por quê mostrar um QR Code em meio eletrônico, se o objetivo é justamente levar o usuário para lá? Ele já está lá. Então considera-se que não há sentido nesta abordagem.

Mas... Não tem aquela coisa de "pensar fora da caixinha"? E se o QR Code fosse utilizado para levar a um link, não de uma página de website, mas de um arquivo para download?

Dessa forma, ao apontar a câmera do celular para a tela do computador, um arquivo seria automaticamente transferido para o aparelho. Isso causa uma curiosa sensação de que o arquivo está "pulando" do monitor para o celular.  Mas a revolução não é apenas esta.

Imagine links que geram relatórios em PDF ou documentos do Office, estatísticas, ou consolidação de dados, enfim, qualquer produto destinado ao usuário final. Através do uso desta tecnologia do QR Code aliada a sistemas web e banco de dados, é possível agora oferecer ao nosso cliente, consulta às informações sem nem ao menos logar em um sistema.

É como se estivéssemos levando os dados para "caminhar lá fora". Quebrando os limites físicos entre os dados e o usuário final, consumidor da informação.

Um usuário poderia abrir uma planilha excel em seu celular, apontando a camera do mesmo para um QR Code, até mesmo impresso.

Espectadores de uma palestra poderiam obter a apresentação do palestrante imediatamente durante o evento, ao apontarem seus smartphones para o QR Code no telão do projetor.

A imaginação aqui é o limite. Com um pouco de criatividade é possível inventar usos totalmente inéditos para esta idéia inovadora.


O funcionamento seria algo como o ilustrado na figura:

















Penso que estamos diante de uma quebra de paradigma aqui. A idéia explicitada abre caminho para uma abordagem totalmente diferente no desenvolvimento de sistemas, possibilitando ao usuário consumir a informação sem a necessidade de uma interface gráfica.  Dessa forma, estaria-se criando uma nova maneira de relacionamento na ciência da informação.

Poderia-se oferecer ao usuário uma espécie de cardápio, onde estariam impressos os QR Codes, todos com seu operacional devidamente identificados por subtítulos, por exemplo: Relação de edifícios no centro com acessibilidade, gráfico comparativo de resultados trimestrais, apresentação do funcionário João Silva, lista de contatos da empresa.

Sobre este último exemplo da lista de contatos, destaco especial atenção ao fato de que seria possível aliar essa nova abordagem a um trabalho colaborativo. Dessa forma as informações que fossem sendo produzidas aos poucos por muitos funcionários dando entrada nos sistemas de dados, gerariam um produto consolidado, que poderia ser consumido por todos na empresa.

Podemos usar esta idéia para mudar para melhor radicalmente a maneira como trabalhamos, produzimos e também a forma como nossos clientes consomem nossos produtos.



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